Lembra quando casar-se era tudo que se podia querer. Fazer seus planos e torná-los realidade era o sonho de qualquer um. Mas e hoje? Hoje vemos esse sentimento previsível que existia há um tempo atrás?
Não. Simples e curta, a resposta para essa questão é não. Cada vez menos, seja influenciado pelos paradigmas da pós-modernidade, vemos sonhos, planos e futuro serem assuntos comuns discutidos pela sociedade.
Hoje a moda é curtir o momento, aproveitar a vida, viver o Carpe Diem.
Mas a grande questão a se fazer é: esse modo de pensar está errado?
Cada vez mais, fica claro que a preocupação com o futuro causa rugas e nos presenteia com dores de cabeça estonteantes.
A opção de viver intensamente o presente representa o completo desligamento com os velhos modos de se pensar da modernidade, representa viver cada momento como se fosse o último, pois o futuro nunca se sabe.
Talvez você se case, talvez não. E qual é o problema nisso? Nenhum. A vida pode ser tão boa sozinha quanto a dois, quem dirá isso é o tempo e as escolhas que você faz durante a mesma.
Talvez tenha filhos, talvez não. Mas de qualquer modo pode desenvolver o amor fraternal para com um amigo, um conhecido ou mesmo um familiar, e viver intensamente esse amor, melhor até do que um filho.
Viajar sem rumo. Existe melhor terapia? Poder pegar a estrada sem destino curtindo cada paisagem, cada momento de sua viagem, cada pequena aventura.
Namorar para achar o verdadeiro amor? Com certeza. Dar abertura aos sentimentos que moram dentro do seu peito, liberar a afetividade que você possui, viver momentos únicos com o seu grande amor do momento.
Curtir as amizades sem nenhum preconceito, afinal amigos vem e vão, mas só os melhores duram tempo bastante para se tornarem inesquecíveis.
Fazer parte da vida de alguém, estar presente nas horas boas e nos momentos ruins. Permitir que alguém saiba que você vai estar presente sempre que precisar, promover o conforto em um coração alheio.
Deixar de lado todo o ceticismo, e passar a viver melhor a vida, para que no fim, quando for fazer seu próprio balanço, não precise dizer que “devia ter amado mais, ter visto o sol se pôr”.
Por que não fazer essas pequenas coisas hoje, agora, já. Viver o agora intensamente, aproveitar as pequenas coisas que a vida nos proporciona, e dar asas aos prazeres momentâneos do mundo.
Sabendo que no fim todos tomaremos o mesmo caminho, seja ele da vida após a morte, ou não, devemos aproveitar agora enquanto é tempo. Deixar os planos para depois, e o resultado deles para que conferirmos no futuro.
As flores nascem e morrem, as estrelas brilham e um dia se apagam, até mesmo o Sol, a Terra e tudo que conhecemos vão desaparecer. A vida de um ser humano comparada a tudo isso é um piscar de olhos. E nesse pequeno espaço de tempo o homem nasce, cresce, ama, odeia, ri, chora, trava suas batalhas, fica feliz, entristece-se, e no final descansa em um sono eterno chamado morte, por que, então se preocupar com o amanhã e não viver intensamente seus amores, aventuras, angustias e problemas agora?
Existe um tempo de viver. E esse tempo é agora, o tempo de aproveitar a vida, para que quando chegar a hora de encontrar o criador, você esteja de alma limpa e com a consciência de que fez tudo, ou quase tudo, que queria ter feito.
“E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.”
(Willian Shakespare)
Quem vê, pensa que estou bem, né?